Processo de percepção de
riscos
A
percepção de risco é uma sub área de pesquisa sobre o risco. Nos últimos vinte
e cinco anos a ciência do risco foi fecunda, porém, vinculando-se a duas
grandes áreas:
Manejo de
Risco: esta área foca a sua energia na parte da comunicação e formulações de
decisões.
Estimativa
de Risco: esta vertente envolve a identificação de riscos tipicamente ligados
às adversidades aos seres vivos oriundas do meio ambiente, quanto ao peso dos
seres vivos sobre esse meio. Ou seja, cuidaria do “impacto” da atividade humana
e animal no meio.
Estas
duas vertentes anteriores podemos englobar sobre a égide da “análise de risco”.
Esta área utilizaria prioritariamente os dados lógicos da tomada da decisão
como já fora visto, relegando os aspectos subjetivos para um plano de
menor ou nula importância. Nesta lacuna a qual a Percepção de risco se insere.
Pois esta vertente é científica tanto quanto política, pois, valores aceitação
das pessoas referente ao risco entram no esquema de julgamento.
A
percepção de risco poderia ter proeminente papel, sobretudo a respeito do por
que as pessoas tomam as decisões as quais tomam. Como por ex, a diferença na
percepção de risco entre o público em geral e especialistas pode ser uma fonte
de desentendimentos a respeito da tomada de decisão dos administradores, assim
modificando ações públicas que visam o bem estar geral. (SLOVIC, 1987) Portanto
afirmações de caráter subjetivo teriam um impacto substancial na vida de várias
pessoas.
Sendo
assim os aspectos subjetivos, qualitativos, culturais deveriam ser levados em
conta para uma acepção do risco em indivíduos (GUILAM, 1996).
Mas os
indivíduos são também inseridos em sociedades, Navarro, 2005, evidencia
reflexões sobre a sociedade de risco mostrando a necessidade de perscrutarmos
as nuances da tomada de decisão humana. Neste caso uma perspectiva a qual
coaduna com a visão subjetiva em analisar as situações arriscadas.
Um das
vertentes da Percepção de Risco chama-se Paradigma Psicométrico onde temos como
um dos maiores expoentes Paul SLOVIC (1992). Como bem o seu nome pode sugerir é
uma vertente de medição dos dados psíquicos. Estes dados seriam referentes aos
julgamentos os quais as pessoas fazem sobre os ricos e como gostariam que tais
fossem regulados pelas autoridades.
Os riscos
assim seriam quantificáveis, pois as pessoas tenderiam a enumerar com maior ou
menor grau o seu nível de segurança com cada um dos riscos apresentados.
Para
fazerem tais julgamentos as pessoas usariam seus estados emotivos, de afeto e
conhecimento acerca do risco apresentado. Quanto mais conhecido um risco maior
tolerância as pessoas demonstrariam com respeito a ele.
Atividades
perigosas as quais o entrevistado tivesse afinidade seriam também vistas como
menos arriscadas, o contrário também é verificado (GREGORY, 1993).
As
decisões das pessoas seriam derivadas de um conglomerado de processos como a
sua percepção biológica inicial sobre determinado risco, sua cultura, estado de
ânimo e familiaridade com o risco. De tal maneira são geradas propriedades
derivadas do risco como:
Os seus
benefícios: Este risco ou atividade arriscada proporciona benefícios para mim
ou minha comunidade?
Número de
pessoas atingidas: Este risco atinge quantas pessoas ao ano? Quanto da
população é atingido?
Novidade
ou familiaridade: Quanto eu tenho familiaridade com este risco? Este risco é
proveniente de uma nova tecnologia?
Estes
dados podem ser quantificáveis, pois podem ser estabelecidos em tabelas e,
portanto serem medidos por instrumentos estatísticos.
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