quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Processo de percepção de riscos

Processo de percepção de riscos


A percepção de risco é uma sub área de pesquisa sobre o risco. Nos últimos vinte e cinco anos a ciência do risco foi fecunda, porém, vinculando-se a duas grandes áreas:
Manejo de Risco: esta área foca a sua energia na parte da comunicação e formulações de decisões.
Estimativa de Risco: esta vertente envolve a identificação de riscos tipicamente ligados às adversidades aos seres vivos oriundas do meio ambiente, quanto ao peso dos seres vivos sobre esse meio. Ou seja, cuidaria do “impacto” da atividade humana e animal no meio.
Estas duas vertentes anteriores podemos englobar sobre a égide da “análise de risco”. Esta área utilizaria prioritariamente os dados lógicos da tomada da decisão como já fora visto, relegando os aspectos subjetivos para um plano de menor ou nula importância. Nesta lacuna a qual a Percepção de risco se insere. Pois esta vertente é científica tanto quanto política, pois, valores aceitação das pessoas referente ao risco entram no esquema de julgamento.
A percepção de risco poderia ter proeminente papel, sobretudo a respeito do por que as pessoas tomam as decisões as quais tomam. Como por ex, a diferença na percepção de risco entre o público em geral e especialistas pode ser uma fonte de desentendimentos a respeito da tomada de decisão dos administradores, assim modificando ações públicas que visam o bem estar geral. (SLOVIC, 1987) Portanto afirmações de caráter subjetivo teriam um impacto substancial na vida de várias pessoas.
Sendo assim os aspectos subjetivos, qualitativos, culturais deveriam ser levados em conta para uma acepção do risco em indivíduos (GUILAM, 1996).
Mas os indivíduos são também inseridos em sociedades, Navarro, 2005, evidencia reflexões sobre a sociedade de risco mostrando a necessidade de perscrutarmos as nuances da tomada de decisão humana. Neste caso uma perspectiva a qual coaduna com a visão subjetiva em analisar as situações arriscadas.
Um das vertentes da Percepção de Risco chama-se Paradigma Psicométrico onde temos como um dos maiores expoentes Paul SLOVIC (1992). Como bem o seu nome pode sugerir é uma vertente de medição dos dados psíquicos. Estes dados seriam referentes aos julgamentos os quais as pessoas fazem sobre os ricos e como gostariam que tais fossem regulados pelas autoridades.
Os riscos assim seriam quantificáveis, pois as pessoas tenderiam a enumerar com maior ou menor grau o seu nível de segurança com cada um dos riscos apresentados.
Para fazerem tais julgamentos as pessoas usariam seus estados emotivos, de afeto e conhecimento acerca do risco apresentado. Quanto mais conhecido um risco maior tolerância as pessoas demonstrariam com respeito a ele.
Atividades perigosas as quais o entrevistado tivesse afinidade seriam também vistas como menos arriscadas, o contrário também é verificado (GREGORY, 1993).
As decisões das pessoas seriam derivadas de um conglomerado de processos como a sua percepção biológica inicial sobre determinado risco, sua cultura, estado de ânimo e familiaridade com o risco. De tal maneira são geradas propriedades derivadas do risco como:
Os seus benefícios: Este risco ou atividade arriscada proporciona benefícios para mim ou minha comunidade?
Número de pessoas atingidas: Este risco atinge quantas pessoas ao ano? Quanto da população é atingido?
Novidade ou familiaridade: Quanto eu tenho familiaridade com este risco? Este risco é proveniente de uma nova tecnologia?

Estes dados podem ser quantificáveis, pois podem ser estabelecidos em tabelas e, portanto serem medidos por instrumentos estatísticos.

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