O Mapa de Risco é mais um aliado na luta contra acidentes.
Entenda sua importância e saiba como fazê-lo de modo correto.
O Mapa de Risco é uma
maneira eficiente de proteger seus funcionários, mostrando claramente os riscos
que o ambiente de trabalho apresenta. Para isso, é preciso estudar a empresa e
chegar a um diagnóstico aprofundando os perigos de cada de setor.
Foi na década de 60
que os italianos inventaram o Mapa de Risco. No Brasil, começou a ser usado
durante o fim dos anos 70, com o aumento da produção industrial e
consecutivamente o aumento do índice de acidentes. Mas só em 1992 é que se
tornou obrigatório. É isso mesmo, o Mapa de Risco é exigido em todos os países
em que a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) está presente e sua
ausência pode acarretar em multas de alto de valor.
Como fazer um Mapa de
Risco?
Cada empresa precisa
de um Mapa de Risco adequado para seu segmento, mas alguns itens são comuns a
todas, como esses:
1-Reunir informações suficientes para o
estabelecimento de um diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho
do estabelecimento.
2- Possibilitar a troca e divulgação de
informações entre os trabalhadores e estimular sua participação nas atividades
de prevenção.
3- Conhecer o processo de trabalho no local
analisado:
-Os trabalhadores:
número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde.
- Jornada de trabalho
- Os instrumentos e
materiais de trabalho
- As atividades
exercidas
- O ambiente
4-Identificar os riscos existentes no local
analisado.
5-Identificar as medidas preventivas
existentes e sua eficácia, entre elas:
-Medidas de proteção
coletiva, de organização do trabalho, de proteção individual e de higiene e
conforto.
6-Descobrir as queixas mais comuns entre os
funcionários expostos aos mesmos riscos, doenças profissionais já
diagnosticadas e causas mais frequentes de ausência no trabalho.
7-Ter conhecimento dos levantamentos
ambientais já realizados no local.
8-O número de trabalhadores expostos ao
risco.
9-Especificar os agentes, por exemplo:
químicos, ergonômicos, biológicos ou de acidentes.
10-Após aprovação da CIPA, O Mapa de Risco deve
ser exposto claramente em todos os setores analisados, de maneira que os
funcionários possam facilmente ver.
Para facilitar a
visualização do mapa, os riscos são divididos em cinco grupos, representados
por diferentes cores:
Grupo 1- Riscos
físicos: Vibração, Radiação ionizante e não ionizante, frio, calor, pressões
anormais e umidade.
Grupo 2- Riscos
químicos: Poeiras, fumos, neblinas, gases, vapores, substancias compostas ou
produtos químicos em geral.
Grupo 3- Riscos
Biológicos: Vírus, bactérias, fungos, parasitas e bacilos.
Grupo 4- Riscos
ergonômicos: Esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso,
controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em
turno noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e
outras situações provocadoras de estresses psíquico e físico.
Grupo 5- Riscos de
acidentes: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção,
iluminação inadequada, probabilidade de incêndios ou explosões, animais
peçonhentos, armazenamento inadequado e outras situações que possam acabar em
acidentes.
Depois de ler tudo
isso parece trabalhoso fazer um Mapa de Risco, mas essa medida é feita para
aliar-se na luta contra os altos índices de acidente de trabalho. Segundo a OIT
(Organização Internacional do Trabalho), no Brasil acontecem em média 700 mil
casos de acidentes, fora os que não são registrados oficialmente. E de acordo
com o Ministério da Previdência, o país gasta em média 70 bilhões de reais anualmente
com esse tipo de ocorrência.
O Mapa de Risco reduz
significantemente as doenças e os acidentes porque conscientiza todos os
envolvidos dos perigos apresentados. Não deixe fazê-lo e respeitá-lo!
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